LIV - A SAGA

Em seu anseio um tal prazer em flor

Foi oração de que esperou torpor

Feito apetite a dar prazer à ceia

Que balançou, lhe dilatou a veia

Porque o desejo em si foi destemor

No inevitável de querer se expor

Sutil mulher, amante de mão cheia

Fatal maneira que de lá verdeia

Em belas sedas que a vontade afaga

Porquanto o tendo inteiramente seu

Dá ocasião exata a essa paga

E frente à prenda no seu apogeu

Acende tanto, que jamais se apaga

Fazendo história numa fértil saga

Miguel Eduardo Gonçalves
Enviado por Miguel Eduardo Gonçalves em 14/07/2011
Reeditado em 15/07/2011
Código do texto: T3096006
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