ESCULTURA


Quando pelo estado d’alma embrulhado
Veneno tentador do qual me valho
E escravo de um sonho idealizado
Como quem trama e sabe de um atalho

Sutil momento vago, atrapalhado
Aceno finalmente ao teu orvalho
Quando eu fique de vez paralisado
Ante a beleza tanta como entalho

És realidade pura, bela e nobre
Agrada ver-te flor, corpo em botão
Imagem luz relâmpago me encobre

Daquilo que acelera o coração
Para saber-te em fúria que se dobre
Importa-me é esta arrumação

Miguel Eduardo Gonçalves
Enviado por Miguel Eduardo Gonçalves em 05/12/2006
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