Exilado na própria vida

Amputado o brado de minha intrépida garganta,

Resultado da ignorância e desproporcionalidade,

De uma violência atroz de necedade de segurança,

Vejo-me, hoje, privado de minha maior habilidade!

Qual seja, o de lecionar o conhecimento adquirido,

Àqueles que gostam de aprender através de sofismas,

Posto que, o próprio como algo por muitos querido,

Era a minha distração, minha evolução sem cismas.

E, além, de não poder mais ensinar, mais adveio,

Meu cantar não é o mesmo, meu recitar é fraco,

Já não tem tanta qualidade e tom de esteio.

Observa-se, pois, o limbo, o ser errante,

O exílio de si mesmo na própria vida...

Onde não tenho mais a alegria de antes.