Justiça Noturna

Beleza de inconstantes segredos

Aplainam-se as arestas do encanto

Fez-se nascer da justiça, no entanto

Insegura nas mãos pálidas, o medo

Que adiantaria tanto desvelo

Se na verdade poderei cativar

Um outro motivo por revê-lo

Se no brasão a vitória virá?

Sairia do seco vazio, ferido

A noite de inconsciências será

Da duvida, anteparo erguido

Das cinzas se renasce o vigor

Sem mancha, nem mácula, ou ira

Que os sentidos curaria a dor?

Paulo Poeta
Enviado por Paulo Poeta em 06/12/2006
Código do texto: T311196