Cansaço...

Para que forças se a luta é perdida

Se o vazio da alma é em si indolente

Que na cabeça as cicatrizes a ferida

Ferveria no peito que dói é doente?

Guardar o coração com que prelúdio

Se o ardor dantes é agora e será inútil

Que amar não seria o mais prudente

E a agonia uma facínora ardente?

Sem amor, sem ardor, sem esperança

E que na razão colocou toda a confiança

De ter amado e jamais ter sido amado.

Digno de pena é este pobre coitado

Paralisando o dormente, a infelicidade

Desprezando o em fim a pura vaidade

Paulo Poeta
Enviado por Paulo Poeta em 07/12/2006
Código do texto: T311978