A MORTE DESTE ANJO
Da catedral do medo e da dor,
Anjo afetado por silêncio e escuridão,
Preces beatas cheias de rancor,
Seu pecado? Sinceridade em vão.
Abriu as portas do sem templo,
Erguendo suas asas serenas,
Seu interior entregou, se vendo,
Desde sua alma à até melena.
Nada ouviu, nem sussurros,
Triste e padecida criatura,
Sombras lhe foram muros.
Adentra em seu arco puro,
À noite fel, desventura,
Morre, ante o céu turvo.