A MORTE DESTE ANJO

Da catedral do medo e da dor,

Anjo afetado por silêncio e escuridão,

Preces beatas cheias de rancor,

Seu pecado? Sinceridade em vão.

Abriu as portas do sem templo,

Erguendo suas asas serenas,

Seu interior entregou, se vendo,

Desde sua alma à até melena.

Nada ouviu, nem sussurros,

Triste e padecida criatura,

Sombras lhe foram muros.

Adentra em seu arco puro,

À noite fel, desventura,

Morre, ante o céu turvo.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 05/08/2011
Reeditado em 04/09/2011
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