CANDELÁRIAS
(Para Milla Pereira)
 

Lá fora, uma lua, bem minguante,
Querendo esconder-se pelo céu,
Desce, só, pois, perdida, tão errante,
Nua, envergonhada, sem o véu...

As estrelas, aflitas, secundárias,
Piscam na plenitude d’escuridão;
São feito olhos, sóis, luminárias,
Num esforço de luz, ah, quase em vão...

Luzidiam, pouquinho, ó, sozinhas,
Aquele fino facho d’estrelinhas,
Pontuadas, ali, temerárias...

Ai, ai, ai, e, a lua, nas casinhas,
Das nuvens alvejadas, tão clarinhas,
Papel de luz, amor, candelárias...




A Milla Pereira é uma poetisa
de uma sensibilidade criativa muito grande
além de uma amiga prá lá de querida.

Beijos, Milla!

(Aarão Filho)




 
 


 
 A VOZ DO CANTADOR
(Para Aarão Filho)
 
Ao longe, ouço a voz do cantador
Que entoa versos plenos de paixão.
Contrastando com o frio da solidão,
Nas linhas de um poema acolhedor.
 
O universo conspira a favor
Do poeta, em sua inspiração.
Do infinito, em toda amplidão
Escreve a sua história com louvor!
 
Ah! Não há nada mais exuberante
Que ter a graça, só por um instante,
De seus versos, ser o merecedor.
 
Inesgotável fonte de poesia
Nas rimas de um soneto que alicia
O coração do admirador!

 
(Milla Pereira)
 
 

Arão Filho é um amigo fiel, carinhoso
e muito querido (por mim e por todos).
Foi com imensa alegria que recebi
o soneto (acima publicado)
que ele me dedicou e, que só hoje,
por conta de alguns transtornos
(inclusive a placa mãe queimada)
pude retribuir (não sei se à altura),
este carinho imensurável!
Obrigada, querido amigo.
Só posso retribuir este mimo
com outro soneto, que lhe dedico,
de todo o meu coração.
Beijos com muito afeto.

(Milla)