Amor maior – soneto imperfeito

Quis deixar de te amar... Não consigo

Pensei ser teu olhar de Cervo castanho

Não como Diana caçadora te persigo

Mas como alguém que no outro se vê suponho

Pecaste deixando-me à deriva, não brigaste comigo

Sem por quês percorria-me um arrepio medonho

Ao perceber quão necessário me era teu sorriso

Quando a distância torna-se demasiada; estranho

Em noites lavadas pelo teu calar enfadonho

Aos dezenove, a Poesia foi meu abrigo

De ausência em ausência forjamos um narciso ?

Só um em nó, talvez aos vinte e quatro; um sonho

Ouvindo hoje, aos quase sessenta, tua voz sorridente

Enigma decifro;o que mais amei e amo em ti é o amigo !

virgínia vicamf
Enviado por virgínia vicamf em 17/08/2011
Reeditado em 19/08/2011
Código do texto: T3166470