Soneto à minha velhice

Quando estiver bem velhinho

se por acaso eu chegar lá

já com cabelo branquinho

e na fala o balbuciar

Não tenham pena de mim

nem queiram me asilar

deixem-me solto no mundo

para não vos incomodar

E quando apagar a chama

do meu corpo já sem "ânima"

e a notícia vos chegar

A inveja será vosso drama

pois o que vai comer a grama

viveu livre para voar