SEM INSPIRAÇÃO

SEM INSPIRAÇÃO

Minhas musas me abandonaram hoje

Não por serem menos belas – dengosas;

neurônios presos em mãos enganosas

não tem como delas eu me despoje.

O estro do vate dormita ocioso

ainda que a mente impropérios arroje

Não capta a verve a ideia que foge

no vil ducto do ignoto vicioso.

Insisto na busca da inspiração,

O vírus do peito chama saudade

que fere ferino o meu coração.

Se cria a ideia, mas traz soledade

Não finge o vate, pois é solidão

e as musas lhe negam cumplicidade.

100911 – Afonso Martini

Afonso Martini
Enviado por Afonso Martini em 10/09/2011
Reeditado em 14/09/2011
Código do texto: T3211134
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.