A ROSA ACORRENRADA

Tal qual a bela rosa que fenece,

esmagada entre os elos da corrente.

Assim a minh’alma também padece,

toda vez que a tua falta ela sente.

Neste infortúnio, o qual até parece,

ser desejo de um sonho recorrente,

renova-se apesar de toda prece,

e mesmo assim sente-se tão impotente.

Como poder sair desta prisão,

ó rosa vermelha, tu que já sentes,

sobre ti todo o peso do grilhão?

Assim a minha vida se ressente.

abatida pela cruel paixão,

a qual ainda em mim está florescente.