SONETO MACABRO

SONETO MACABRO

Mãos enluvadas, a máscara que te desmascara, o doutor asqueroso

Rês em ruína, exposta à incisão do cirurgião, mas ela ainda respira

O caloroso frio, no rio sangrento nasce e uiva teu infortúnio abominoso

Ainda vê seu primeiro pedaço na tevê, sente a vida que te expira.

Vê teus ancestrais em dimensões informais, e cega-se em nuvens infernais

A tez lívida reluz na opaca luz do bisturi e mais uma fatia de ti flui faccioso

São veias, artérias, peles e tripas misturadas a ossos, orelha e tendão cartilaginoso

A morosidade dos movimentos aquieta-se, retiram teus órgãos comerciais.

O rabino e seus asseclas celebram a vitória do virtuoso ato macabro

O gelo conserva a espórtula iminente e carreia a vida-morta para dar outra vida

Depois, Beija a esposa e os filhos ocultando o garbo do teu descalabro.

Cuidado com o confiante amigo protetor, amante da tua família de amor!!!

A autópsia viva de tempos medievais é veraz nos dias atuais, esta em todos os jornais

Nossas crianças são objetos desses imponentes canibais, doutores irracionais.

CHICO DE ARRUDA.

CHICO BEZERRA
Enviado por CHICO BEZERRA em 27/09/2011
Código do texto: T3243103
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.