Soneto da Perdição

Tu és a fina camada do prazer

que geme em pensamentos e desejos

consolam-se os meus lábios em seus beijos

na imagem que gerastes em meu querer

No impulso da vontade de te ter

rasguei o véu que impedia os cortejos

e ao encontrar ali tantos ensejos

Fechei os olhos da razão pra me perder

E ao tocar a carne quente suavemente

não pude me conter em querer mais

Ainda que um simples toque leve e envolvente

Agora que em mim um vazio se faz

enquanto sei que a razão parece-me que mente

ao dizer que não posso apetecer-te mais.

Alexandre Fernandes
Enviado por Alexandre Fernandes em 22/12/2006
Reeditado em 22/12/2006
Código do texto: T325341