Jazigo Perpétuo

Por entre esses jazigos funestos,

Que noutrora passávamos rindo...

Hoje quando a passar, vejo-te indo,

Meneando-me o adeus em teus gestos.

E assim, vejo-te longe partindo,

No negror dos sepulcros tão mestos...

Tu deixaste-me apenas os restos,

E o amargor dum pesar tão infindo!

Dessas árvores — esse cipreste,

Dos segredos que outrora me deste,

Ele deve guardar na memória...

Desses túmulos — esse jazigo,

Ele deve guardar, tão consigo,

O romance de nossa atra história.

*Versos Eneassílabos em Gregoriano Anapéstico (3ª, 6ª e 9ª).

Derek Castro
Enviado por Derek Castro em 06/10/2011
Reeditado em 26/11/2011
Código do texto: T3260865
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