Soneto n.228

O TESOURO


Ah! Eu quisera ver a ternura
permear toda a humanidade
e que, de cidade em cidade,
acabasse a rude desventura.
 
Hoje, tudo fica, tudo se atura:
a fome, a dor, até a maldade;
o desamor (em qualquer idade)
em gente fria, egoísta e dura.
 
O medo nos torna mais esquivos,
e a covardia nos mantém cativos
tal como aves de bem mau agouro.
 
Resta-nos apenas um belo tesouro:
salvar (qual fosse ouro) as crianças
e nelas depositar nossas esperanças!

Silvia Regina Costa Lima
11 de setembro de 2011









SILVIA REGINA COSTA LIMA
Enviado por SILVIA REGINA COSTA LIMA em 07/10/2011
Reeditado em 07/10/2011
Código do texto: T3263666
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