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PREENCHENDO VÁCUO

Eu escrevo o que brota.
Eu sou o mal educado
Que, quando arrota,
Tenta transformar em poema.

Eu sou o tecido que amarrota
E precisa ser passado
Para "aparecer"
Bem comportado.

Eu sou o pecado das letras,
O olho nas gretas,
A língua solta...

Eu sou o soneto caído,
O poema perdido,

A poesia morta.

31.08.2011
AJ Cardiais
Enviado por AJ Cardiais em 08/10/2011
Reeditado em 22/01/2012
Código do texto: T3265304
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