Lembrança Eterna

Pouca coisa restou-me em memória,

Desses tempos que te ias comigo,

Das mãos nossas; tal como castigo,

Separaram-se! — Vil trajetória!

Nossa vã mocidade de glória,

Fez-se um findo passado, atro, antigo.

E quiçá, entre algum pétreo jazigo,

Por completo perdeu-se essa história...

E de tudo que outrora nós fomos,

Ficou à sombra duns cinamomos,

Nossa imácula e terna aliança.

Ficou lá... Junto aos anjos marmóreos,

Dentre os tétricos túmulos flóreos,

Nossa mais bela e doce lembrança.

* Versos Eneassílabos em Gregoriano Anapéstico (3ª, 6ª e 9ª).

Derek Castro
Enviado por Derek Castro em 11/10/2011
Reeditado em 26/11/2011
Código do texto: T3270038
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