Soneto n.232


ANJO MORTO


Ao lado do castiçal e do alvo círio,
havia um altar sobre nobre chão:
mármore... cristal... cobre e latão

e o vaso solitário com um lírio.


Fazendo parte daquele martírio,
o efeito causava tanta emoção
que, por
sentir também aversão,
à febre agregava-se meu delírio.

 

O silêncio e a solidão desse local
tinham algo soturno, sobrenatural,
irreal tal um lugar fora do espaço.
...
Tão frio, como se talhado em aço,
(outrora abusado e agora manso)
eras um
anjo
posto em descanso.


Silvia Regina Costa Lima
29 de outubro de 2011






Obs:  É somente Poesia, amigos, e ela pode e deve tratar de todos
os assuntos, sentimentos - todos os aspectos da Vida e da Morte.











 
SILVIA REGINA COSTA LIMA
Enviado por SILVIA REGINA COSTA LIMA em 30/10/2011
Reeditado em 01/11/2011
Código do texto: T3306712
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