Procela...
Outra vez encontro-me junto à margem
Deste imenso mar verde, no Reino da Saudade.
A chuva recai-me sobre a face, um gosto salgado,
Lagrimas... Será este meu fado?
Sonhos ofuscados pela dura realidade
Da solidão a que me remete a ausência d’ Ela
Desaparecem em um barco em meio à procela
A desilusão é minha eternidade
Observo-os perderem-se no horizonte.
Cansado, prostrado junto ao mar.
A chuva de lagrimas lava-me a fronte
Não tenho forças, já não consigo caminhar.
Vejo meus sonhos cada vez mais distantes
“Eu sempre volto” diz em um livro na estante
*Sonetos Livres - porque regras foram feitas para serem quebradas*