Tronco tombado

O homem é um tronco tombado, esquecido

Quando velho, suas rugas- vincos de poeira,

Suas cãs tem o esquecimento por parceira

Seu corpo, soldado pela guerra vencido.

O velho fruto, que se tem apodrecido

'Todos os seus dias são enfado, canseira"

Todos os seus atos, de alguma maneira,

Foram planos de não haver envelhecido.

A árvore, em verdade, da semente morta,

nasce. E daquela outra que o tempo corta,

Vai fenescendo da raiz mesma em que renasce.

Suas folhas são cabelos brancos que esvoaçam

À música dos ventos os cabelos valsam

Galhos pendidos dizendo adeus em sua face.