Eis-me sentado à mesa dum abismo,
Aterrorizado com tanta loucura,
Desse mundo imundo que fulgura,
Na tepidez dos vermes a esmo...

Sorvo a porção... desmedida,
Do cálice de veneno, reprimida,
Tristura que absorvo, ressentida!

Embriago-me do fel mal dito,
Ciliciar dos meus fantasmas...
Ao perambular funéreo sob esferas!

Sucumbir da carne, maldita...
Transladar  dos ossos nos orbes astrais;
Necrológio ao receber os restos mortais!

Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 07/11/2011
Código do texto: T3322223
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