Quando a noite deita e a solidão aperta...
Quietude e silêncio me assustam em furnas,
Sofro ao olhar essas paredes frias e úmidas,
Numa estranheza prevalente que enceta...

Sei que eles sorriem da minha desgraça,
Que tripudiam da minha mordaça...
Ao escorrer da carne putrefata,
O fel quente da boca que incrusta.

Por vezes, sigo por lúgubres abismos,
Envenenar do corpo e alma trevosos;
Escorrendo pus e fúria na noite escura!

Tomado pela erva malígna que depura,
Por alguns segundos... tenho asas...
Noutros profundos... imundos... em chagas!
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 11/11/2011
Reeditado em 16/11/2011
Código do texto: T3330649
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