Soneto da Primavera

De noiva se veste a manhã: a bruma.

Maracanãs aos bandos no arrebol

Em alarido, anunciam o Sol,

Que ascende envolto em véu de seda e pluma.

A cerração, o seu fulgor verruma

E lança seus raios sutis em prol

Dos belos campos floridos. O escol

Da estação primeira do tempo, em suma.

Na alegria desmedida das flores,

A profusão de aromas e de amores

Rosa, Hortênsia, Amarílis, Bem-me-quer...

Em meio a harmonia dessa atmosfera

Criou Deus a ditosa Primavera

Inspirado na imagem da Mulher.

Paulino Pereira Lima
Enviado por Paulino Pereira Lima em 11/11/2011
Reeditado em 03/08/2017
Código do texto: T3330864
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