Insônia

Em meio à anestesia desta insônia,

Matizes rubras de melancolia...

Dissolvo o desespero em dor tardia

Pondo no peito a compaixão errônea

De tão constantes gritos de agonia

Que brotam viscerais da alma que sonha

Fundindo-se em funérea cerimônia

A três ou quatro risos de alegria!

Nos vapores de sódio e de mercúrio

Vejo uma farsa do teu corpo ebúrneo

Sintetizada pela mão inábil

De um poeta entorpecido por seus medos

Que nota angústias fluírem por seus dedos

Após morrerem secas no seu lábio...

Gabriel Castela
Enviado por Gabriel Castela em 14/11/2011
Código do texto: T3334595
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