Ouço as batidas da chuva que desata...
No telhado das casinhas em cascata...
São estalidos nas bordas das madeiras,
Que respingam alternadas das goteiras!
Os sons são abafados pelos ventos...
Torrentes de véus nevoentos...
Da varanda do meu quarto a se ver,
O tic tac da água batendo ao escorrer!
Fico horas em silêncio, imerso...
Ao recolher-me hibernado feito urso,
Esperando a chuva seu curso cessar!
Os pingos vão aumentando sem parar,
Coração sedento em sossego, planar...
Na calçada das lembranças, repousar!