Oh mar de espumas talhadas...
Ondas esparzindo desencontradas,
Ouvir das águas em ruídos toscos...
Na tepidez dos veios roucos!

Oh que tristura desmedida...
Diante dessas praias esquecidas...
Ouvir o barulho dos ventos, enfurecidos,
Na tarde que me consome, arrefecido!

Colho-me em ondas gigantescas...
Ao mergulhar em abismos, dantescos,
Entediado sob sombras, moribundo!

Dói estar imerso em cendal, nefando...
Na sofreguidão das cores, acinzentadas,
Ao misturar-me em ondas, desconsteladas!

Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 14/11/2011
Código do texto: T3335436
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