PÂNICO

É tarde. Estou sizinho e triste

No silêncio da noite a chorar.

Sinto o cérebro vazio, nada existe

Apagou, já não sei mais rezar.

Um pânico toma conta de mim

Preciso de ajuda, tenho medo

Acho que tudo acabou — é o fim.

Caminho sem volta para o degredo

Cansado, escuto a chuva caindo

E um vento frio açoita ferindo

Este corpo febril tão sofrido.

Na posição de feto assim fiquei

Uma eternidade — o tempo que passei

Esperando o amanhecer ali esquecido.

Marcus Catão

Marcus Catão
Enviado por Marcus Catão em 14/11/2011
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