Mero resíduo

O que me vai não é mero resíduo

Passa tua cola em mim, me ata,

serei o brinco deste velho pirata;

Lanço a alma ao caos (ímpeto assíduo).

Quem me toma a descer c a s c a t a

Perdendo-me em não-ser indivíduo.

Tudo que me pertence é ambíguo

no que se encaixa na presente data.

Perene, o residual se vai...

E quem prenderá a forma do existir?

Quem estagnará o pó que cai?

Me deixa a morrer o produzir

Resisto ao sonho que não me sai

No tempo que se tem para se desiludir.

Wellington Berdusco
Enviado por Wellington Berdusco em 14/11/2011
Código do texto: T3336011