HALO

Deitei-me sobre o halo, compungido,

Duma pequena réstia - luminária

Que traz das profundezas do infinito

A cura p'ra esta dor imaginária...

Deixei-me a contemplar - meu olho fito

No traço indissolúvel de luz atra

Que cisma em macular o mais bonito

Reduto de palor de minha pátria

Quase inteira tomada pelas sombras

- Vapores coruscantes da tua ida -

Subindo e agonizando, onda pós ondas

De fel e de silêncio incandescente!

Finge, sorrindo, amor na despedida

Que meu choro saudoso, isto não mente...

Gabriel Castela
Enviado por Gabriel Castela em 15/11/2011
Código do texto: T3336450
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