Cheia de vazio

À rua vazia eu saio perdida

De face sombria, com a testa enrugada

Dobras que os raios do sol em mim produzia

Virar a esquina me deixa machucada

Atravesso a encruzilhada marcada pelo nada

Avisto a folha seca amarela caindo

Passo por ela e o cabelo a suporta

Ainda sem saber para aonde estou indo

O que eu busco saindo de dia

Na noite sozinha encontro de repente

Não mais as lembranças me vencem

Recordo de mim o que não está na minha mente

Na volta pra casa me sinto cheia

Transbordando vazio, enchente do ausente

Erika Soares
Enviado por Erika Soares em 15/11/2011
Reeditado em 20/04/2015
Código do texto: T3336456
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