Quando Encontrar-te...

Rirá dentro de mim tua voz convulsa

Quando fluir um cromatismo vítreo

Do ar ao teu redor - fonte difusa

Curvada no palor do teu arbítrio

Virá junto de mim tua mão confusa

Fluirá dentro de mim teu beijo cítreo

Verás que nos meus vasos inda pulsa

Todo este vício teu que recalcitro

Assim que feita em nada esta distância

E até que, decomposta em cinza muda,

Perca-se dos meus olhos tua lembrança

Terei somente mãos para mostrar-te

As formas da hedionda dor desnuda

De ver meu amor distante e em toda parte...

Gabriel Castela
Enviado por Gabriel Castela em 15/11/2011
Reeditado em 15/11/2011
Código do texto: T3336494
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