Soneto de despedida

Vem logo! Vem dizer-me aqui em segredo

O quanto de mim mesmo vive em ti...

O quanto do comum querer excedo...

Se vais chorar demais quando eu partir...

Se vais dizer, em lágrimas de medo,

O quanto ansearás que eu fique aqui

Nas noites que, na boca, um gosto azedo

Far-te-á pousar a mente junto a mi...

Tão logo se desfaça em névoa fina

Toda a plangência da lágrima hialina

E reste só sorriso em mim empós

Vê e sente o quão constante e vitalício

É o amor que te devoto desde o início

É o amor que, desde sempre, grita em nós!

Gabriel Castela
Enviado por Gabriel Castela em 16/11/2011
Código do texto: T3339542
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