DOS MORTOS (02/11/11)

Um frio gélido que invade os ossos

Nos enche de terror e inanição,

Parados aqui ainda olhamos ao chão

Onde agachamos e lembramos os nossos,

Silencioso o jazigo de arte e escanção

Refeitos de mármore do alto colossos,

Anjos de olhos parados dura canção

Nos cala o coração destroços moços,

A reverência se mantem desde a aurora

Trocamos doces palavras em recordação

Naquela memoria que do peito aflora,

Nossos parentes herança de outrora

Felizes nos deixam memorial estação

Aquece a lembrança o ar e o coração.

boreto
Enviado por boreto em 19/11/2011
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