ABRAÇO DE MORTE

Coaxando tranquilamente

O sapo em seu habitar,

À beira de sua lagoa

prá rosa o Sapo a coaxar.

A menina que flores colhia

Displicente a rosa cortou,

O sapo em sua defesa

Pra cima da menina pulou.

A menina amedrontada

Correu soltando a rosa

Lamentando sua sorte,

O sapo no afã de a salvar

Abraçado a seus espinhos

Pulou para o abraço da morte.

J. Coelho

José Coelho Fernandes
Enviado por José Coelho Fernandes em 20/11/2011
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