Bárbaros vãos, dementes e terríveis
     Bonzos tremendos de ferrenho aspeto,
     Ah! deste ser todo o clarão secreto
     Jamais pôde inflamar-vos, Impassíveis!
      
     Tantas guerras bizarras e incoercíveis
     No tempo e tanto, tanto imenso afeto,
     São para vós menos que um verme e inseto
     Na corrente vital pouco sensíveis.
      
     No entanto nessas guerras mais bizarras
     De sol, clarins e rútilas fanfarras,
     Nessas radiantes e profundas guerras...
      
     As minhas carnes se dilaceraram
     E vão, das llusões que flamejaram,
     Com o próprio sangue fecundando as terras...

                                                          (do livro “Broquéis”)

 

 
Créditos:
www.biblio.com.br/
www.bibvirt.futuro.usp.br     



João da Cruz e Sousa (Brasil)
Enviado por Helena Carolina de Souza em 23/11/2011
Código do texto: T3352524