O homem é um barco no Universo a velejar
No porão, carrega seus desejos confinados
No convés, emoções e sentimentos rotulados
Na escotilha, em devaneios, observa o mar

A travessia se faz na inquietude da Alma
Por intempéries que a natureza descortina
Lufadas constantes de emoções conflitantes
Maremotos, inundando o farol da consciência

Equilibra-se entre as ondas mansas da ilusão
Usa os remos da esperança para realizações
Sem bússola, sem norte, em profunda solidão

O barco veleja, o homem cansado adormece
Rompem-se grilhões do inexorável inconsciente
O tempo passa e o barco atraca - Porto da Luz

verita
Enviado por verita em 26/11/2011
Código do texto: T3357789
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