SONETO DO AMOR EM PENA MÁXIMA

COM O MARTELO,DEVOREI AS PLANICIES DA ILUSÃO.

PERMITI AOS RELEVOS, ERGUEREM-SE IMPONENTES.

ASSIM FUI UM A UM DECAPITANDO OS HORIZONTES.

TALHEI NA ESCURIDÃO! RESTOS DO TEU SEMBLANTE.

AO CORRERES PARA LAVARES AS TUAS FEIAS FACES.

A AGUA DA FONTE, MISTUROU-SE AO DOCE SANGUE.

TORNARAS O BELO PÃO E A MANHÃ, INDIGESTOS!!

RESPONDERA COM TRAIÇÃO, O AMOR QUE TE PREZO.

ATIREI AO FOGO AS GRANDES LEMBRANÇAS TUAS.

SURRIPIEI DE MIM, OS MOMENTOS FELIZES

AO FOGO, TAMBÉM OS CONDENEI....

OS VENTOS EM PROFUNDO DESESPERO E VILANIA

LEVAVAM CINZAS AO ALTO, PÁSSÁROS NEGROS!

DEI-TE A PENA MÁXIMA ! NEGUEI O DEGREDO!

MAURICIO DE AZEVEDO

PEQUENA JANELA PARA UMA RAZÃO POÉTICA.