ESBOÇO DE UM SONETO INACABADO

Bebo sedento teu lábio faminto

Todo ópio que teu corpo contém

E o dia fatigado suspira latejante

Qual eco contido que faz-me refém.

Teu íntimo acende-me a vulcânica labareda

Suavemente adormecida por tua ausência

Teus seios farto multiplicam minha sede

De doar-me a ti intermitentemente.

Contemplo ardorosamente tua vicissitude

Sobre o profundo azul do infinito

És minha única fuga do abstrato.

O manto incólume e indizível

Toda inexatidão ainda tolhida

Meu grito louco,pleno de imortal insanidade.

Castro Antares
Enviado por Castro Antares em 04/12/2011
Código do texto: T3372038
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