Silêncio de minhas letras
Meu silêncio é reflexo imperfeito
A recomposição de tudo, defeito
Algo que ouço tal gritos nos escuros
Como vidros que usamos nos muros
Letras calam na harmonia do direito
Na verdade do meu eu, meu efeito
Agora fica a pena muda, com furos
E tua alma que agora vaga em apuros
Perdão por tudo ficar mudo, pelas palavras
Aquelas mal ditas, e até pelas malditas
Um dia o vento sopra e a folha dali vai
Houve um tempo que frases eram escravas
Pulso era a imagem do que dentro palpita
Letras mudas, silêncio! Assim se cai, tudo sai.
Lord Brainron