Soneto ao Mar

Molhei-me, nas ondas, no vai e vem

Um salgado uniforme, senso intenso

Cabelos molhados, lágrima convém

Misturadas ao azul, enorme, imenso

Tudo quero e pouco aqui se detém

Penso e paro, crio e esqueço, penso

Ondas que batem na cara, sou refém

Deste processo de limpeza sem senso

Deito-me de costas, eu bóio, flutuo

Pairo nas águas vou ao fundo e recuo

Elas de novo me castigam ferozes

Mas não trazem raiva, nem são algozes

São carinhos de uma mãe, da origem

Desta minha vontade de viver e a vertigem.

Lord Brainron

Queres ir ao mar comigo?

lordbyron
Enviado por lordbyron em 09/12/2011
Código do texto: T3379660
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