Soneto ao Pseudo-Cristianismo
Preocupam-se com casas luxuosas
Desejam simplesmente ser feliz
Romance com perfume a flor-de-liz
Viagens pelas terras mais vistosas.
Vieram visitar-Me na doença?
Ou quando estive nu, vós Me cobristes?
Acaso Minha fome vós sentistes?
A sede, a sequidão tenaz, imensa?
Sou contra o evangelho da mesmice
Da cruz que é acessório no pescoço
Dos shows que entretém a meninice.
Cristão que não aguenta o fim do poço
Amor desencarnado, que eu te visse
Pregado à cruz de modo rude e grosso.
//(Cito Mateus 25 no segundo quarteto. Soneto ao pseudo, não ao puro cristianismo, que acredito e admiro em verdade!)