A espera do amanhã

Deitei no gramado verdes das ilusões eternas
Vi a terra pequena em dimensões terrenas
A fome que vergava a nebulosa essência
Indumentária fantasiosa fugaz da existência

Vi a inspeção sem sentido dos indiferentes
Chorei a lágrima aflita da inconformação
E os meus mortos me fizeram a indagação
Quanto tempo a mais sem eles viveria

Olhando o céu igual em nuvens branco neve
O azul de tão azul me incandesceu de leve
E me levou ao infinito em asas de borracha

E fui com a estrada longa que nunca chegava
Deixei atrás de mim lembranças já tão gastas
Na espera do amanhã em longa madrugada.