MÃOS, PERNAS, CORAÇÕES
Noites arrefecidas, amantes extasiados.
Após o duro embate de almas apaixonadas,
Num breve suspiro, adormecem enroscados
Entre pernas, braços e abraços; nada é preciso dizer, nada...
Noites tranquilas, onde se cala o ruído na alcova,
Noites preguiçosas, sem toques de ponteiros, sem horas do saber,
Apenas toques do que se quer dizer, pensar, fazer...
Nada importa lá fora, nada mais se precisa por à prova.
Noites de luar, velas e veleiros solitários e perdidos,
E eu, à deriva em seus braços que são mares
Espelho são tuas iris onde vejo os nossos corpos refletidos.
E somos amar, amantes e navegantes...
Tábuas de salvação são os seus cálidos braços
Que nos prendem e nos unem num firme e sólido abraço
JMercês
13/1/2012