A EXCLUSIVA [CCCXIII]
Hei guardar-te no cofre do meu peito
(esmeralda, perfeito diamante...),
a mulher da meiguice no semblante,
minha prenda, perene e sem defeito.
Em teu rosto, deponho meu conceito:
tu és musa, tão linda e convincente,
que, em querendo, serás eternamente
a exclusiva habitante do meu leito.
D’além mares, te beijo a pátria longe;
por teus dons, já serei teu ledo monge,
para mais te exaltar aos quatro cantos.
De tão bela que és tu me amedrontas:
tanto menos de mim tu prestes contas,
mais eu tento cantar os teus encantos.
Fort., 19/01/2012.