SONETO DESTINÉE
Juliana Valis



Andavas face a face com o destino

E não pudeste apressar teus passos

Querias fugir correndo como um menino

Querias escapar ileso à vida e ao descompasso




Sonhavas dia a dia com a vida

E caminhaste sem rumo e sem fé

Pretendias achar a cor já tão perdida

Pretendias ver a flor assim como ela é




Mas, um dia, o destino te olhou de frente

E desvendou tua alma como se fosse enigma

E abandonou de vez teu corpo e tua mente




Então pensaste que o futuro te traria

Algo maior que o presente nos consigna

Algo menor que o passado em luz vazia.