" Fui ver..."
Fui ver o mar latejar,
Murmurando em seu vai-e-vem...
- Fui ver as ondas quebrar,
Fiquei eu triste também!
São escaldantes as areias,
Que as águas refrescam sem dor.
- São assim as maré-cheias,
Também assim é o teu amor!
Num vai-e-vem inconstante,
Nunca sei qual é o caminho...
- Nasce e morre num instante.
Sem compaixões nem carinho,
Obrigas-me a ser alma errante.
Como Andorinha sem ninho!
(Autor: S. Potêncio, "Bino" - Jan/1972)
(in: EU, O PENSAMENTO, A RIMA!..."