QUIMERAS

 
 
De tudo o que sonhei, reles quimeras
que em meu peito eu havia acumulado.
Fechou-se então a porta do passado
posto que em mim a angústia desonera.
 
E tudo o que minh’alma dilacera
em todos os meus poros – aflorado,
sentido, engolido, acumulado,
é este sentimento que exaspera!
 
É certo o dia em que não sentirei
As mágoas – o pranto que destilei
na desventura que ora persevera,
 
serão sobejos de velhas lembranças
da vida, na medida em que avança,
a certeza de efêmeras quimeras!
 

(Milla Pereira)



Ótimo dia a todos!
Beijos

(Milla)






Helena veio honrar-me com seu
belíssimo Rondel.
Obrigada, querida amiga.
Estou comovida com a beleza
de teus versos.
Beijos
 

(Milla)
 
 
 
27/01/2012 11:59 - HLuna
 
QUEM ME DERA...
 
Já eu nem sei se era, ou se não era,
a dor que o meu peito acalentava,
lembrança que me segue e persevera,
que toda a alegria, a mim, me trava.
 
Pudesse eu a tudo abandonava,
e livre viveria, quem me dera...
Já eu nem sei se era, ou se não era,
a dor que o meu peito acalentava.
 
Porém a mágoa informe desespera,
meu peito angustia, tudo agrava.
Preciso construir minha quimera,
ó anjo que me guarda, vem, me salva.
Já eu nem sei se era, ou se não era.