SONETO DE DESCULPAS

Desculpe-me meu amor por ser assim tão vil

Não quero que penses que sou tão covarde

No ápice da minha ignorância tão sutil.

Mas quero que acredites na dor que me arde.

Talvez, na tua alta concepção, penses assim:

Quão idiota é este poeta medíocre insensato,

Quão ínfima é a tua delicadeza de jasmim.

Mas eu sou teu escudeiro nobre e assaz nato

E peço-te que não te esqueças que simples sou

Por querer-te sem exigir nada além de amor,

Nada além de um verso que me faça sorrir

Num belo elo de existir que me leve num vôo

E faça-me desprender de toda corrente de dor

E leve-me ao teu encanto para poder te sentir.

Márcio Ahimsa
Enviado por Márcio Ahimsa em 18/01/2007
Reeditado em 18/01/2007
Código do texto: T351311