Sem lastro
Sem apêndice vital me conservo
Na magia das letras que cativo
Minha liberdade, aqui bem preservo
Em dias anônimos, um eu criativo
Sem lastros não me afundo, enervo
Sem ter um laço firme permissivo
Crio livre sonhos de vasto acervo
Um índice promissor e pouco remissivo
Ainda carrego as penas do travesseiro
Ainda me julgo talentoso por inteiro
Só assim permito sonhos que não tive
Escorro em versos que não contive
Fazendo então poesia e nada mais
Sendo eu mesmo sem porém ou jamais.
Lord Brainron