Sem lastro

Sem apêndice vital me conservo

Na magia das letras que cativo

Minha liberdade, aqui bem preservo

Em dias anônimos, um eu criativo

Sem lastros não me afundo, enervo

Sem ter um laço firme permissivo

Crio livre sonhos de vasto acervo

Um índice promissor e pouco remissivo

Ainda carrego as penas do travesseiro

Ainda me julgo talentoso por inteiro

Só assim permito sonhos que não tive

Escorro em versos que não contive

Fazendo então poesia e nada mais

Sendo eu mesmo sem porém ou jamais.

Lord Brainron

lordbyron
Enviado por lordbyron em 24/02/2012
Reeditado em 24/02/2012
Código do texto: T3516781
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