A MORTE DO POETA

A MORTE DO POETA

Voem meus versos, pois a vida corre,

a natureza toda está quieta.

Pálida, a lua chora esse poeta

que pouco a pouco morre.

Nenhuma gota do seu pranto escorre.

Indiferente, o amor já não afeta,

inspira ou comove esse poeta

que pouco a pouco morre.

O sol não brilha tanto, aves se calam.

O mar para as ondas, o vento é rouco.

Desculpe, ó musa, as rimas não embalam

mais esse poeta. Fique este louco

mundo para trás. Seus lábios se calam,

pende a cabeça e morre pouco a pouco.

Gilson Faustino Maia
Enviado por Gilson Faustino Maia em 25/02/2012
Código do texto: T3520157
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.